Estudando sobre a Etiologia da Obesidade, um tópico interessante e assustador me chamou atenção.
Em um estudo, Young; Nestlé, 2002, estima-se que nos últimos 100 anos, nos Estados Unidos, o consumo de gorduras tenha aumentado em 67%, e o de açúcar, em 64%. Já o consumo de verduras e legumes diminuiu 26%, e o de fibras, 18%.
Claro que muitos de vocês irão pensar: mas isso é nos Estados Unidos, os hábitos alimentares no Brasil são bem diferentes. Mas pasmem!
No Brasil são crescentes as prevalências tanto de sobrepeso quanto de obesidade.
Estudando padrões de consumo da população brasileira, Sichieri, Castro e Moura relataram uma redução de 30% no consumo de arroz e feijão e um aumento de 268% (isso mesmo!) no consumo de refrigerantes no Rio de Janeiro.
Em uma Pesquisa de Orçamentos Familiares, realizada pelo IBGE (2005), em 48.470 domicílios, observamos que o %IMC >= 25g\m² (sobrepeso) em 1975 era apresentado em 18,6% dos homens e 28,6% das mulheres. Já em 2005 houve um aumento para 41,0% dos homens e 39,2% das mulheres.
Qual seria a solução para melhorar a alimentação da população brasileira e mundial?
Alguns autores têm sugerido que o aumento de impostos sobre os alimentos nocivos para subsidiar os saudáveis poderia contribuir para a melhoria dos padrões de consumo alimentar. Já outros sugerem a redução dos anúncios de alimentos na televisão, já que 90% deles são sobre fast-foods, sucrilhos açucarados e refrigerantes.
E você? O que sugere?
Daniela Abrahão
Nutricionista
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