terça-feira, 17 de setembro de 2013

Glutamina - Como suplementar?


A Glutamina é um aminoácido livre, não essencial, mais abundante no músculo e no plasma humano, encontrado também em concentrações relativamente altas em muitos tecidos. Um bom nível de glutamina significa uma competência imune ótima e uma boa síntese proteica. 

É um aminoácido que vem sendo muito estudado nos últimos tempos por especialistas em nutrição esportiva, principalmente no combate à síndrome de overtraining e ao catabolismo muscular, normalmente ocorrido em atletas submetidos a grande esforço físico.

Por sua concentração plasmática diminuir significativamente em situações “catabólicas”, a glutamina é classificada como um aminoácido condicionalmente essencial, ou seja, que deve ser ingerida pela dieta, já que o organismo não consegue produzi-la em quantidades suficientes. Nessas condições um fornecimento extra de glutamina na dieta é requerido.

As dosagens recomendadas de glutamina variam de 4 a 12 gramas. O consumo deve ser feito em doses fracionadas para aumentar as reservas orgânicas, sem impor problemas significativos de absorção.

Porém, as estratégias de suplementação diretamente com glutamina somente são eficientes quando feita na sua forma modificada (dipeptídeo) ou pelo uso de BCAA, pois a glutamina livre é consumida pelas células do intestino, não permitindo que esta atravesse para o sangue, inviabilizando sua disponibilidade para outras regiões. Tal fato torna inviável a justificativa de sua suplementação oral, mesmo para participantes de exercícios físicos muito desgastantes. 

Em resumo, é certo que existe uma queda na concentração de glutamina no sangue após exercícios intensos. Contudo, existem questionamentos sobre a efetividade da suplementação desse aminoácido, sendo necessária a realização de novas pesquisas para que este tema seja devidamente esclarecido. 


Dra. Daniela Abrahão
Nutrição Clínica e Esportiva
Belo Horizonte | MG

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