A Glutamina é um aminoácido livre, não
essencial, mais abundante no músculo e no plasma humano, encontrado também em
concentrações relativamente altas em muitos tecidos. Um bom nível de
glutamina significa uma competência imune ótima e uma boa síntese proteica.
É um aminoácido que vem sendo muito
estudado nos últimos tempos por especialistas em nutrição esportiva,
principalmente no combate à síndrome de overtraining e ao catabolismo muscular,
normalmente ocorrido em atletas submetidos a grande esforço físico.
Por sua concentração plasmática
diminuir significativamente em situações “catabólicas”, a glutamina é
classificada como um aminoácido condicionalmente essencial, ou seja, que deve
ser ingerida pela dieta, já que o organismo não consegue produzi-la em quantidades
suficientes. Nessas condições um fornecimento extra de glutamina na dieta
é requerido.
As dosagens recomendadas de glutamina
variam de 4 a 12 gramas. O consumo deve ser feito em doses fracionadas
para aumentar as reservas orgânicas, sem impor problemas significativos de
absorção.
Porém, as estratégias de suplementação
diretamente com glutamina somente são eficientes quando feita na sua forma
modificada (dipeptídeo) ou pelo uso de BCAA, pois a
glutamina livre é consumida pelas células do intestino, não permitindo que esta
atravesse para o sangue, inviabilizando sua disponibilidade para outras
regiões. Tal fato torna inviável a justificativa de sua suplementação oral,
mesmo para participantes de exercícios físicos muito desgastantes.
Em resumo, é certo que existe uma queda
na concentração de glutamina no sangue após exercícios intensos. Contudo,
existem questionamentos sobre a efetividade da suplementação desse aminoácido, sendo
necessária a realização de novas pesquisas para que este tema seja devidamente
esclarecido.
Dra. Daniela Abrahão
Nutrição Clínica e Esportiva
Belo Horizonte | MG
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